Tenta o Conselho da Comunidade, esclarecer a sociedade como um todo, que o combate à criminalidade não é tarefa exclusiva do Poder Público. Cabe à sociedade em geral assumir sua parcela de responsabilidade na prevenção do crime e na recuperação do delinqüente, devendo o Conselho da Comunidade agir nesse sentido, de conscientizar e envolver o cidadão livre na atividade da execução da pena. A participação da comunidade na execução penal significa exercício da cidadania. Participa ativamente com palestras em escolas e comunidades de bairros.

Se comumente a sociedade tem aversão à figura do preso e fomenta o preconceito em relação a ele, contribuindo para o agravamento de sua marginalização, o Conselho da Comunidade deve buscar a neutralização desse fenômeno negativo e das graves conseqüências provocadas pela pena privativa de liberdade, de forma que seja viabilizada, ao final da execução, a pretendida integração social, resgate este que vem caminhando na Cidade de Cáceres/MT.
Repetindo as palavras do Reeducando Joel Felipe dos Santos, in verbis:

Hoje me sinto esquecido, não só pelos amigos familiares mais também pelo poder público. A grande maioria da sociedade nos enxerga como se fossemos uma doença que assolam toda população. Até mesmo o poder público vêem as cadeias e presídios como um verdadeiro depósito de lixo humanos, onde não oferece quase nada para reeducar o preso que aqui estão; eu até não me importo de ser visto como lixo desde que a sociedade e o poder publico se conscientizem e veja que grande parte dos lixos produzidos pelo próprio governo pode ser reciclados.
E finalizando, deixamos aqui registrado a esperança que existe sempre uma segunda oportunidade, uma outra chance. Como Dizia Santo Agostinho :
Dois homens olharam através das grades da prisão; um viu a lama, o outro as estrelas.
O Conselho da Comunidade de Cáceres/MT não consegue enxergar outra coisa que não seja estrelas.

Clóvis Martins Soares
Secretário